BioVirtus: a nova empresa de Antonio Carlos Zem

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A nova empresa do fundador da Biotrop nasce com foco em soluções que protegem as plantas, aumentam a eficiência energética no campo e ajudam a minimizar os efeitos do aquecimento global na agricultura.

Da Biotrop à BioVirtus

Menos de dois anos depois de conduzir a construção da Biotrop, Antonio Carlos Zem volta a empreender com a BioVirtus. Em 2024, após um acordo com a holding belga que hoje controla a Biotrop, Zem se afastou da posição de CEO para se dedicar a um novo ciclo, mantendo o olhar voltado para inovação em insumos agrícolas sustentáveis.

Com formação em Química e décadas de experiência no setor, o empreendedor enxerga a BioVirtus como uma empresa “adjacente ao biológico”: soluções de alta especialização que conversam com o manejo moderno, mas vão além do modelo tradicional de defensivos.

Assista à entrevista completa

Quer ouvir essa visão diretamente do Antonio Carlos Zem e entender em detalhes como a BioVirtus está se posicionando nesse novo cenário? Assista ao vídeo abaixo:

Proteção solar para plantas e energia no centro da estratégia

O eixo de energia está no coração da BioVirtus. Um dos destaques do portfólio é o protetor solar transparente para plantas, pensado para reduzir os danos causados pelo desbalanço climático e pelo aumento da radiação em regiões agrícolas cada vez mais próximas da linha do Equador.

O primeiro produto, de base mineral, já está no mercado e com boa aceitação. A proposta é proteger culturas sensíveis a “golpes de sol”, como frutas, além de lavouras de grãos. Zem, que também é produtor de uva e manga, conhece de perto os desafios de manter produtividade com segurança em ambientes de alta insolação.

Soja e milho também entram nesse cenário. Nas lavouras, é comum observar folhas enrolando, queimando ou secando por excesso de calor. Com o protetor solar, a BioVirtus busca reduzir esse estresse, preservar a área foliar ativa e, consequentemente, sustentar o potencial produtivo das plantas.

Novas tecnologias em desenvolvimento

Outra frente de pesquisa da BioVirtus está em soluções capazes de concentrar faixas de luz mais favoráveis à fotossíntese, aumentando a eficiência no uso da energia pelas plantas.

“Se tivermos produtos que elevem a capacidade fotossintética e o conforto térmico, teremos plantas mais produtivas”, resume a visão do projeto. Os primeiros resultados vêm sendo considerados muito promissores, com uma taxa de sucesso estimada por Zem em cerca de 70% nesse segmento.

Algas marinhas e extratos botânicos também estão no radar da BioVirtus, seguindo um caminho semelhante ao que impulsionou o crescimento dos biológicos nos últimos anos. A empresa avalia tecnologias próprias e de terceiros, com possibilidade de licenciamento e parcerias para acelerar a chegada das novidades ao mercado.

Visão de mercado e recuperação do setor

Para Zem, as dificuldades atuais do mercado de insumos fazem parte de um ciclo de baixa. A expectativa é que o processo de recuperação comece por volta de 2026, exigindo, porém, ajustes em toda a cadeia.

Do lado das multinacionais de químicos, a pressão por metas e a concorrência crescente dos genéricos tornam mais difícil manter os resultados com o “modelo antigo”. Na distribuição, trabalhar apenas com preço, estoques elevados e incentivos financeiros pode comprometer a sustentabilidade do negócio.

Na avaliação de Zem, revendas e distribuidores precisam ganhar protagonismo, com acesso eficiente ao mercado e foco em levar valor real ao produtor. Não basta ter tecnologia e registro: é necessário entender o cliente final, oferecer suporte técnico e zelar pela margem de quem está na ponta.

A virada dos biológicos

Assim como todo o setor de insumos, o mercado de produtos biológicos também sente os efeitos da crise. O crescimento continua, mas com menos vigor que nos anos anteriores. A diferença, segundo Zem, estará no grau de inovação e na capacidade de gerar novas gerações de tecnologia.

Muitas empresas surgiram com soluções de “primeira geração”. Quem permanecer apenas nesse patamar tende a perder competitividade, enquanto novos players e produtos mais avançados entram e modificam as margens do setor.

Para o fundador da BioVirtus, a próxima grande virada virá com o lançamento de um bioherbicida eficiente e economicamente viável, capaz de competir com químicos tradicionais em escala. Ele acredita que poucas empresas conseguirão entregar essa solução de forma consistente – e quer posicionar a BioVirtus entre elas.

“Nos próximos cinco ou seis anos, a tendência é que os biológicos assumam um espaço cada vez maior em valor de mercado, superando parte dos defensivos químicos”, projeta Zem. A BioVirtus nasce justamente para contribuir com essa transição, oferecendo inovação, ciência e sustentabilidade para o produtor rural.

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